Seis primeiras obras de jovens coreógrafos portugueses e estrangeiros serão apresentadas entre 17 e 20 de novembro, em Viseu, no festival internacional de dança jovem Lugar Futuro.
Organizado pela escola de dança Lugar Presente, este festival, que se realizará pelo terceiro ano, permitirá o intercâmbio de experiências e a ligação do mundo académico ao profissional.
Em conferência de imprensa hoje realizada, o diretor de produção do festival, Albino Moura, explicou que, em resposta a um concurso internacional, chegaram a Viseu 72 candidaturas de jovens coreógrafos (12 das quais portuguesas) de 20 países.
“Tivemos muita dificuldade em escolher as seis primeiras obras. Foi muito complicado porque a qualidade das obras que nos chegaram era muito boa”, contou o responsável, acrescentando que, se houvesse condições financeiras e de espaço, este ano poderiam ser apresentadas entre 12 e 15 primeiras obras em Viseu.
Das seis escolhidas para serem mostradas durante a terceira edição do Lugar Futuro, uma foi criada pela jovem coreógrafa portuguesa Maria Abrantes e intitula-se “Uma água por favor”.
Segundo Albino Moura, esta criação, que será apresentada no dia 19, no Teatro Viriato, tem “uma dinâmica muito particular, que inclui a participação de música ao vivo” do DJ João Sánchez.
“Topophilia”, de Chen Nadler (Finlândia/Israel), “How to just another boléro”, de Emanuele Rosa e Maria Focaraccio (Itália), “Oblivion”, de Silvia Batet, e “In-side”, de Lúcia Montes e Mado Dallery (Espanha), e “Prunelle Bry”, de Piece de Poche (Suíça), são as restantes primeiras obras a apresentar durante o festival.
Albino Moura avançou que uma das novidades desta edição é a parceria com o Cine Clube de Viseu, com a apresentação do documentário “Um corpo que dança”, de Marco Martins, sobre o Ballet Gulbenkian.
“Esta parceria pretende iniciar uma nova vertente no festival ligada à dança na sua vertente do vídeo e do filme”, explicou.
Outra novidade é, de acordo com o responsável, a possibilidade de alguns dos espetáculos decorrerem no Teatro Viriato, o que permitirá que “agrupamentos um bocadinho maiores, com mais elementos, possam apresentar-se”.
“Isso vai acontecer no dia 19, com uma programação que inclui a escola convidada da Bélgica” e a apresentação de algumas das primeiras obras selecionadas no concurso internacional, acrescentou.